manhãzinha
as flores da tua lingerie se abriam
e eu
O noturno orvalho
ainda persistia
ainda persistia
em meio ao mel que concebias.
Naquela varanda
manhãzinha
visse a cidade a natureza agindo
e se escandalizaria.
Mas naquela varanda, manhãzinha
meu corpo cansou de esperar a tarde
e eu num zum-zum danado flor em flor.
Brasília, 1986.
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