terça-feira, 18 de janeiro de 2011

NATIVIDADE (PRIMAVERA)

Descobrir-se é navegar eternamente.
Cria-se do havido
um novo ser vivificado.
O que havia
outrora guardado
quebra a casca
e sai o novo ser que se vislumbra
e que uma vez vivente
busca a si mesmo deslindar.
Do gen imaturo
um maduro ser se manifesta.
Maduro ao ponto de cair
e dar-se conta
de que está sempre num eterno recomeço.   

Brasília, 1986.

Um comentário:

  1. E o que é isso senão a vida, diariamente, não é?
    Muito bonito o poema, Osvaldo.

    Beijos.

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